domingo, 25 de abril de 2010

AMOR
Não me arrependo de tê-la conhecido.
Sei que jamais amei tanto. E por ela
Suportarei todos os tormentos prováveis.
Chego mesmo a abençoá-los, pois estou convencido,
Que por gratidão eu devo amar tão encantadora mulher.

Devo! Porque ela fez desabrochar em meu ser,
Sempre tão árido e tão estéril, uma flor:
A flor da certeza no amor,
Bela como o seu rosto suave,
E perfumada como o seu corpo.

Devo! Porque ela fez estremecer no horizonte
De minha vida sempre tão escura,
Tão em trevas, tão tempestuoso
Uma aurora.

Aurora multicolorida como o amor
Intensa como o olhar,
Serena como o sorrir,
Fascinante como o pulsar da alma.

Eu, pois a amo!
Amo-a, qual ama o náufrago
A derradeira tábua no navio despedaçado,
A que se prende para escapar à morte!
Amo-a, como um homem aprisionado
Ama o anjo da libertação, cujas asas
Da esperança se possa agarrar.

Eu receio estar cometendo um sacrilégio.
Eu tenho receio que o céu me penitencie,
Porque ouso pensar que sou amado!

Meu Deus! Se isso não é verdade,
Deixa-me ir gozando meus dias,
Embalado em tão doce mentira.

Já agora viver sem essa deliciosa ilusão é impossível.
É o único sacrifício que eu não faria a amada.

Amo-te!


(Daez Savó

Um comentário:

  1. Minha amiga, sei que estou em falta com voce, mas
    estou chegando com um belo presente.
    Parabenizo voce mais um vez, por teu novo Blog, fascinante, lindo mesmo, onde so o amor faz parte desta linda pagina.
    Beijos

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